O que a região do norte de Minas Gerais tem a ver com o Ibitipoca Off Road? Tudo! A Edição Incrível, marcada para 29 e 30 de julho de 2023, deve superar o recorde de número de pilotos de cidades do norte de Minas na prova. Quem afirma é Luiz Júnior, 46 anos, o presidente do Trail Club de Montes Claros e representante comercial.
“Este ano o número pode até ser maior do que em 2018, quando foram 43 pilotos da nossa região ao IOR”, calcula. O número de pilotos da região com inscrição já confirmada chamou a atenção de Manoel e Thiago Resende, coordenadores do evento. Montes Claros, Januária, Bocaiúva, Janaúba, Salinas, Porteirinha, Riacho dos Machados, Capelinha, Turmalina e Diamantina são algumas cidades citadas, do norte de Minas e até pegando “uma pontinha do Vale do Jequitinhonha”, observa Luiz.
Enduro dos Montes, registro histórico
Ele tem uma justificativa histórica para esta forte ligação dos pilotos da região com o rallye de regularidade mais charmoso do Brasil. “Em 1983, logo depois do Enduro da Independência, ocorreu em Montes Claros o segundo enduro de Minas Gerais, Enduro dos Montes”. Júnior acredita que volte a promover o histórico Enduro dos Montes no final de 2023.
“A prova é muito nostálgica, trazia pilotos do Brasil inteiro, em 1986 foram mais de 250 pilotos”. Ele cita figuras importantes nesta trajetória de Montes Claros e região, de pilotos que passaram a disputar provas importantes em outras cidades e estados, e esse movimento divulgou a modalidade, como Janjão Santiago, Paulo Benzina, Ênio Marcos, Guto Ramos e outros. “Sempre tivemos referências no enduro de regularidade. Isso atraiu novas pessoas até chegar a mim”.
Copa Regional
Luiz aponta o formato da copa regional de 2018 como uma etapa importante neste processo, envolvendo pilotos de mais cidades no evento. “No modelo que a gente trabalha o IOR é muito parecido com nosso enduro. E sempre em agosto levamos grupos de pilotos para o Ibitipoca. Com uniformes, conjunto, tudo bem bacana, pilotos de cidades diferentes, tendo o emblema do Trail Club como organizador”.
Diversidade das trilhas
Mais um motivo que atrai tanta gente ao IOR? Tem também! “O grande diferencial para nós é a diversidade das trilhas. Você consegue andar em vários tipos de terreno e em vários momentos. Na areia, na pedra, na lama, são vários enduros num só. A gente gosta muito aqui de pedra, nossa região é muito seca, aí (no Ibitipoca) nós conseguimos a pedra, a areia e ainda tem a água, para refrescar um pouco. Também gostamos muito de trilha travada, e de trilha mais rápida. Isso é muito divertido. É bem apaixonante ter todas estas opções na mesma prova.”
A primeira vez
“Já participei sete vezes do IOR. A primeira em 2012. Quem me levou foi o Janjão Santiago. E eu cheguei nove horas da noite (no sábado). Acabamos rebocando um piloto do nosso grupo, nos perdemos. Quando chegamos, Janjão e o Maurício, do nosso grupo, na estavam se preparando para sair e nos procurar na trilha. Bem na chegada de Conceição de Ibitipoca, Janjão perguntou: ih, depois dessa você não vai querer voltar pra cá é mais nunca? Eu respondi: rapaz, estou apaixonado com este troço”.
Em 2019: “Fantástico”
“Última vez que fui (ao IOR), em 2019, foi de novo fantástico. Porque foi a primeira prova com meu filho, que hoje tem 20 anos. Fomos na categoria Pais e Filhos, uma experiência maravilhosa. A felicidade dele, e nós andando juntos, foi incrível!”
E este ano? Olho no “trofeuzinho”
“Desde 2019 praticamente não andei mais, só alguns passeios mesmo. Quero tentar uma boa colocação. Estamos treinando desde o início do ano. Ideia é disputar provas regionais, Campeonato Mineiro, e buscar uma boa colocação. É o sonho de todo mundo. Pegar pelo menos um trofeuzinho. Este ano eu gostaria muito que isso acontecesse. E vou fazer tudo que for possível para que isso aconteça”.
Texto: Misto Quente Comunicação
Fotos: Arquivo Pessoal – Divulgação
Coordenação: Manoel e Thiago Resende
